domingo, 29 de março de 2015

28.3.15 - Porto

Deixei a moto em casa e fui passear a pé. Não fui percorrer nenhuma rota no meio da serra, com a Monte Campo às costas, e não me lembro de ter necessitado de roupa e calçado especial.
Com a melhor companhia, fui percorrer as ruas da cidade onde nasci e onde morei dos 17 aos 25 anos: o Porto.
Começando no Jardim da Cordoaria, com os amores de Camilo no pensamento, atravessei o mercado de rua da Cândido dos Reis, em  direcção à Praça D. Filipa de Lencastre e, de seguida, até ao topo da Picaria. Por entre brique-à-braque e sotaques e idiomas dispersos avancei por ruas que tão bem conheço como se fosse um turista.
Descendo para os Aliados, fui à porta da Câmara Municipal para poder apreciar a grandiosidade da praça. Granítica, cinzenta, lembrando que o Porto - pela localização e pela história de luta de ideais liberais e de liberdade - é uma cidade de dimensão europeia.
Atraído pela música, fui até à lateral da Estação de S.Bento onde, actualmente, a vida dos portuenses se funde com a arte e podem ser apreciadas instalações de artistas plásticos, espectáculos de música e teatro.
Em S.Bento, a turba ia em direcção ao rio, pela Rua das Flores, e seguimos com eles. Um mar de gente encheu a "rua mais bonita do Porto" e desaguou no Douro; no magnífico rio brilhante que une, há séculos, as vidas do Porto e Gaia. 
De funicular até à Batalha e, depois, seguindo para as Fontaínhas, pude observar as pontes, o rio, o sol, num enquadramento perfeito. 
Antes de seguir para a baixa - para os concertos e o teatro de rua - foi obrigatório parar no Guedes para comer uma sandes de pernil e beber um fininho. E repetir a dose!
Já que falamos de comida, o ponto-de-chegada seguinte foi o Piolho, fechando a volta. 




Percorri um Porto de vida, de mistura: contemporâneo mas preservando o melhor que a cidade foi construindo ao longo do tempo. Percorri um Porto de liberdade, de história e estórias que se contam e que torna a cidade especial, atraindo gente de todo o mundo. Percorri um Porto que amo, onde, por amizade e trabalho regresso quase diariamente.
Depois foi tempo de francesinha e mais finos, antes da finalizar a noite ao som dos GNR e do inigualável Rui Reininho. 

sexta-feira, 20 de março de 2015

João Rebelo Martins em palestra motivacional

João Rebelo Martins, piloto de automóveis e motos, viajante, usou de toda a sua experiência para falar de motivação com os alunos da Escola Secundária Augusto Gomes, em Matosinhos.
Usando exemplos de corridas e viagens, o piloto e motivador, encantou a plateia composta por alunos dos 9º, 10º e 11º anos de escolaridade.
A palestra " Motivação: será geração espontânea?", foi inserida nos " Dias de Encontro". Durante dois dias os alunos da escola repensaram a escola - um espaço dinâmico, interactivo, rico em diversidade, alegre, experimental e, por isso, também de aprendizagem.

domingo, 15 de março de 2015

15.3.15 - Oliveira de Azeméis | Castelo de Paiva | Entre-os-Rios | Crestuma | Oliveira de Azeméis

Quando se fala em ir a Castelo de Paiva há quem encare como ir ao fim do mundo. Pois bem, fui ao fim do mundo!
Em época de lampreia, uma ida a Entre-os-Rios é algo obrigatório. Assim, tendo o feio bicho como desculpa, aproveitando o sol primaveril, de Nau aberto, fiz-me à estrada e, rapidamente, liguei Oliveira de Azeméis a Vale de Cambra e Arouca.
A partir de Arouca, praticamente sozinho na estrada, fui contornando a serra, num passo lento, observando as marcas das estradas de outrora.
Já no Concelho de Castelo de Paiva desci por uma estradinha estreita até à Ribeira. O Douro, o grande rio corre a poucos quilómetros dali, com todo o seu esplendor. Mas naquela pequena cascata, perdida entre as montanhas, o sol parecia espreitar de outra forma.
Atravessei a ponte para Entre-os-Rios, e dei com uma autêntico festival: entre a ponte Duarte Pacheco e a ponte nova, as lampreias estavam à venda "porta sim porta sim". Que regalo!
A partir daí, como sol a baixar, acompanhei o rio até à barragem de Crestuma, onde o voltei a cruzar e a entrar em Terras de Santa Maria.
Um belo passeio de domingo, onde me cruzei com muitos motards, dando uma cor diferente às nossas estradas.




14.3.15 - Dia de São Rali

O primeiro rali do ano, tradicionalmente, marca o arranque da temporada automóvel em Portugal.
Já foi em Ponte de Lima, em Vieira do Minho e, de há tempos a esta parte, é em Fafe.
É o rali onde todos querem mostrar as novidades: carros, patrocinadores, equipamentos, as equipas com os camiões novos, ou o grelhador . Dia de S. Rali porque é o reencontro dos apaixonados pelos automóveis e pelas corridas, depois de meses de espera pelo barulho dos motores, o cheiro a borracha queimada e a audácia ao volante; ou seja, o primeiro rali do ano é, além de tudo, um convívio entre amigos, colegas, adversários. Gente que vibra e ama o desporto e que é capaz de percorrer centenas de quilómetros, com frio, pó ou lama, para aplaudir e conviver. Cumprimentei pessoas que nem sei o nome mas que, de há anos a esta parte, encontramos sempre nos mesmos sítios, criando-se uma atmosfera e ambiente familiar.
Com esse espírito, vi milhares de pessoas no Confurco, na Lameirinha e em Montim. Lugares inóspitos e quase desertos, a que a visita anual deste aglomerado de pessoas dá outra vida à serra.
Apesar do frio matinal e do calor vespertino, o meu fato da Alpinestars deixou-me confortável todo o dia, permitindo-me percorrer, de moto, os vários caminhos que ligam as classificativas. Vi espectáculo nos quatro cantos de Fafe!
No plano desportivo,  ganhou o açoreano Ricardo Moura, ficando Miguel Campos em segundo lugar e, já que falamos de amigos e convívio, o meu amigo João Barros em terceiro. Foi um rali muito bem disputado que, a juntar ao convívio, tornou o dia excelente.
Ainda no plano desportivo, foi com nostalgia que vi os nomes Vatanen e De Mevius nos vidros dos carros. Vi correr os pais, sonhei, como eles, ser piloto, quando era miúdo. Agora vejo os filhos, mais novos do que eu, darem os primeiros passos neste desporto apaixonante. E os rapazes têm a quem sair!



domingo, 8 de março de 2015

7.3.15 - Oliveira de Azeméis | Cedrim - Rota da Lampreia


Todos os anos, pelo menos em família, é obrigatório rumar a Cedrim para comer lampreia. Num tasquinho idêntico a tantos outros que se podem encontrar no Vouga, foi-nos servido o petisco " à bordalesa" e em arroz. Leite creme, aletria e queijo com marmelada para sobremesa. A acompanhar, um Reserva da Quinta do Estanho, claro está!
Contudo, antes de almoço, foi necessário chegar a Cedrim.

Aproveitando o bom tempo, estreei o Nau de enduro, que usei com os Oakley; e por falar em estreias, levei as novas calças da Alpinestars, bastante confortáveis -, e montei na moto as cameras da Liquid Image. Senti-me um top rider!
Saí de Oliveira de Azeméis e rumei a Vale de Cambra. Segui por S. Pedro de Castelões, subi à Senhora da Saúde e depois foi sempre a descer até ao Vouga, por Decide, Dornelas, Boialvo, Sever do Vouga, Pessegueiro do Vouga.
Cruzando a ponte, virei à esquerda - para a direita sobe-se para o circuito de Rallycross - e a aldeia de Cedrim aparece sob a direita.
Uma aldeia simpática, com casas por onde o tempo passou e onde ainda se lê " Vota AD". Um riacho cruza o casario e perde-se mais à frente.
Um percurso pedestre de grande beleza ajuda à digestão e e dá o mote para a etapa da tarde: regressar a casa.
Descendo até à ponte, virei à esquerda e acompanhei o rio. O amarelo primaveril brota das árvores e dá outra cor à viagem.
Atravessei o rio com o intuito de ir visitar o Museu de Sernada, onde se encontram as maravilhas ferroviárias portuguesas. Chegado lá decidi não entrar; preciso de um guia para tal museu e ninguém melhor que o Ricardo Grilo.
Ricardo, para quando a visita?
O regresso a casa deu-se pela N1.
Podia ter feito todo o percurso por autoestrada. Mais rápido, é certo. Mas não tinha a mesma piada.




sexta-feira, 6 de março de 2015

João Rebelo Martins focado nas duas rodas

Teve lugar ontem, em Lisboa, em casa do Exmo. Senhor Embaixador do Egipto em Portugal, uma recepção para diversos convidados, onde o piloto João Rebelo Martins teve a oportunidade de contar todas as experiências vividas no Cross Egypt Challenge.
Perante uma centena de pessoas – diversos embaixadores, deputados, o Presidente da Federação Portuguesa de Motociclismo, Manuel Marinheiro, o Presidente da Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Motociclismo, Jorge Viegas, o Vice Presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, Paulo Campos, empresários e comunicação social – João Rebelo Martins falou da viagem que fez em Novembro passado, durante nove dias, percorrendo 3.000 Km por todo o Egypto.
De Alexandria ao Cairo, passando por Marsa Alan, Aswan, Abu Simbel e Luxor – citando apenas algumas cidades – o piloto viu paisagens lindíssimas, visitou monumentos que são património da humanidade, contactou com locais, provou as iguarias egípcias e mergulhou no Mar Vermelho. O piloto terminou a sua intervenção com um convite a todos os presentes a visitarem o Egipto porque “ além de todos os monumentos e a beleza do deserto, o Egipto é um país seguro, com gente simpática e hospitaleira”.
Na recepção promovida pelo Exmo. Senhor Embaixador do Egipto em Portugal, João Rebelo Martins teve ainda oportunidade de expor fotografias de todos os locais que visitou.
Exmo. Senhor Embaixador do Egipto em Portugal, na presença do INAC, anunciou a linha aérea directa de Lisboa para o Cairo.
Sendo João Rebelo Martins piloto de competição, foi aproveitado o momento para ser desvendado o programa desportivo para 2015. Assim, além de viagens aventura que estão a ser programadas para a Europa, América e África, o piloto irá realizar o Campeonato Nacional de Clássicas, com uma Yamaha RD 350 do Team Clássico Racing.